terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cerimônia em Memória dos Povos que foram escravizados no Brasil

            Foi consagrado na Academia Espiritual de Santa Fé o 1º Monumento erigido pela Seicho-No-Ie no mundo, em reverência aos povos que foram escravizados, quais sejam, os negros e os índios, no dia 02 de novembro.
            A obra foi projetada pelo arquiteto e preletor da Seicho-No-Ie Fernando Loch. O monumento, consoante as palavras de seu projetor, é uma representação do entrelaçamento dos povos que deram origem à nação brasileira. Uma atitude que visa transformar sofrimento em alegria. Fitas pretas e vermelhas, representando as duas raças, negra e índia, saem do chão e se entrelaçam, formando uma espiral como uma cadeia de DNA, que culmina com fitas verdes e amarelas, as cores do nosso Brasil.  A cerimômia foi oficiada pelo Presidente Doutrinário para a América Latina, professor Yoshio Mukai, na presença da Diretora-Presidente da Seicho-No-Ie no Brasil, Marie Murakami.
            O evento contou com a participação de convidados especiais: Três representantes da Comunidade Indigena, da etnia Pataxó, nas pessoas dos guerreiros Taquari, Kramuha e a índia Tamiwere, integrantes da aldeia Coroa Vermelha, sediada em Santa Cruz de Cabralia/BA. Também a raça negra se fez presente, com a participação de dois terreiros de Candomblé: - O Ile Ache Aladi, com 13 participantes, entre eles o babalorixa Paulo Roberto.  A Mãe de Santo Altamira Simões além de Filhos de Santo, bem como  Ekedi e Iaôs; - O  terreiro Casa Branca, o primeiro de Salvador, magnificamente representado por sua líder  espiritual, Ebaminice.
            Foi um momento histórico, de grande beleza. A Mãe de Santo Ebaminice reverenciou os seus antepassados, bem como os ancestrais de todas as pessoas lá presentes. Informou que já participara do Movimento de Iluminação da Humanidade, onde chegou a ser Divulgadora.
O Pataxó Taquari, fazendo uso da palavra, declarou estar feliz em receber em nome do seu povo aquela homenagem, que para eles representou o reconhecimento do sofrimento dos seus ancestrais e de que eles continuam vivos e presentes. Por seu turno, a mãe de Santo Altamira Simões, abençoou a todos e disse que a atitude da Seicho-No-Ie significa a remissão do sofrimento do seu povo, agredido e humilhado pelos brancos.
            Tivemos ainda a participação do cantor Edu Casanova, que nos presenteou com um show, com sua música Brasil de Índios.
            A Associação da Seicho-No-Ie Vilas do Atlântico, com um grande número de representantes, fez uma emocionante apresentação, saudando os descendentes e antepassados dos povos que originaram a nossa Pátria.
            Em suas palavras finais a Diretora-Presidente destacou e agradeceu a participação dos funcionários da Academia e parabenizou a todos os Nordestinos pela presença e pelo trabalho maravilhoso na divulgação da Verdade nessa região.
            O que emocionou e chamou a atenção de todos nós, participantes de tão bela e inesquecível cerimônia, foi ver no rosto e nos gestos dos dirigentes da Seicho-No-Ie o respeito e a reverência. Um novo olhar sobre aqueles que são diferentes de nós sob a ótica do mundo fenomênico, por partilhar de outras crenças, pertencer a outras classes sociais, ter raízes históricas distintas, enfim, por se guiar por suas lógicas e seus valores próprios, mas que são iguais na essência, por partilharem todos da mesma filiação Divina, chamas emanadas da mesma Luz.
Cleide Maria Ramalho de Farias da Regional PB-João Pessoa

2 comentários:

  1. Maravilhoso, Professor Ênio. Parabéns!!!

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  2. Esse grandioso respeito à diversidade é uma das características que faz da Seicho-No-Ie algo tão especial, realmente maravilhoso. Fiquei emocionada! Parabéns!! Muito obrigada!!!

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